Temporadas.
Aqueles momentos que passaram, areia, balanço, lápis, cor e, então, mesa, caneta, escuro, tudo azul. Um copo com água e açúcar seria ótimo nesse momento, eu agradeço. Depois descobri que esse lance nem acalma de verdade, é só o senso comum te tapeando de novo. O tal do efeito placebo :).
Praia, areia, amarelo, sorriso, mas logo máscaras, telas, frestas. E então eu, uma pessoa que não se reconhecia com companhia se viu cercada novamente e dessa vez foi tão reconfortante. Cada rosto foi importante, cada carinho, cada aproximação. O esforço foi inimaginável mas foi recompensador o momento que me senti querida depois de tanto tempo.
O amor veio, e eu sem saber lidar com gente. Verão, crepe, gato, cachorro, bala de goma, suco de laranja, condomínio. Sempre que chega o verão esqueço se o do ano passado foi quente, mas esse foi marcante.
O ano virou, nova temporada, novo enredo, novos rostos. Mas o desafio não era novo. Recomecei do zero, aos pouquinhos, recuei diversas vezes. Logo no quinto mês perdi tudo e, pensando estar sozinha, olhei ao redor e vi que tinha um cantinho ali pra mim. Obrigada pelo acolhimento, serei eternamente grata, mesmo que isso tenha acabado no fim.
E aconteceu de novo, depois de tanto praguejar que não ia. Era frio, eu tenho certeza que o meu casaco te cabia. Café, prova, sol, cardigan, praça, música, abraço, parada de ônibus, gato, gato, gato.
"Once I had a love and it was divine
Soon found out I was losing my mind"
Não foi uma desilusão amorosa, essa foi a música da formatura.
Foi um ano incrível, sem dúvidas o melhor dos anos até hoje. Aprendi a conviver, mas acho que estou retrocedendo. Difícil me fazer entender que nem tudo tem que ser na base da lógica, as vezes as coisas podem ser divertidas e espontâneas também.
Agora uma nova temporada se inicia.
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