Trégua.
Sejam bem-vindos! Do nada um surto. Tive a ideia (um tanto quanto ultrapassada) de criar um blog.
Só por diversão mesmo. Quando era mais nova, lá pelos 12 anos (agora tenho 18), costumava escrever muito e perdi essa prática com o tempo, infelizmente. Do que eu poderia falar por aqui? Pensei em coisas que eu gosto, como baleias, navios, sofrimento adolescente e true crime, que são temas muito diversos. Sabe, eu tenho um apego pelo número 64, ele aparece em todos os momentos da minha vida, foi o ano em que a minha mãe nasceu, 1964. Eu também costumava a sentir muita ansiedade quando se tratava de assuntos com o tema mar, e não sei o que aconteceu, mas agora amo baleias??? Como lidar, são muito legais.
Eu gosto de divagar e me perder no assunto. Sobre sofrimento adolescente: Não entendo o fenômeno de darmos conselhos ótimos para os outros, mas quando é a nossa vez de segui-los, isso não acontece. E esse assunto já tá batido, eu sei.
Eu queria ser mais desapegada, do jeito que eu finjo ser, mas é tão difícil. Eu me afeiçoo, me preocupo e não sinto que as pessoas que eu amo sintam o mesmo. Mas também é tão chato ter que pedir por um pouco de carinho, não era para eu ter que pedir por isso. Não é pra ser uma obrigação para ninguém. Por isso, estou tentando trabalhar cada vez mais em mim, no que eu sinto. Sou humana, não consigo não me afetar.
Ao longo da nossa vida, nos afastamos, muitas vezes não intencionalmente, de pessoas que amamos e admiramos. De alguns, sinto falta todo o dia e penso em tentar uma reaproximação. Uns meses atrás comecei a conversar com um amigo que eu não tinha contato desde os 12 anos. Ele perdeu a cara de criança, raspou o cabelo, parecia ser uma pessoa completamente diferente, mas a conversa me levou de volta para aquele tempo. Tempo da escola, esconde-esconde, de volta para aqueles ambientes que eu achava ter esquecido e foi tão bom.
Tem outras pessoas que eu não ouso em tentar, isso quando sinto que a ela está com uma blindagem. E eu sinto tanta tristeza e tanta felicidade de forma mista quando lembro dos momentos que foram divertidos, das piadas e tudo mais. Acho que houve uma época que fui muito grosseira e sinto vergonha de chegar em pessoas que talvez eu tenho ferido com isso. Pode ser que a blindagem esteja em mim.
Por que a felicidade do passado parece sempre mais mágica do que a do presente? Provavelmente, porque esquecemos das partes ruins. Eu parei para pensar nisso nos dias que passaram. Chega final e ano e fico reflexiva. Na verdade, isso é o ano inteiro, mas agora está massivo. :)
Essa é a minha trégua.
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